sexta-feira, 2 de março de 2012

NUNCA ESQUECER, DEUS É MASCULINO!



Mensagem de Neale Donald Walsch,
16 de Maio de 2011
 
 
Os pontos de vista da humanidade sobre tantas coisas têm sido firmados pelas nossas ideias acerca de Deus e dos desejos de Deus que é difícil decidir que outras áreas de interacção da vida incluir nesta lista.
A verdade é, esta exploração podia dar para um livro inteiro. Não vamos alongar-nos tanto. Limitaremos a nossa pesquisa a mais dez assuntos: Masculino e Feminino, Casamento, Sexo, Homossexualidade, Amor, Dinheiro, Livre Arbítrio, Sofrimento, Moral e Morte.
Vamos dar uma olhada no que os nossos antepassados e os nossos professores contemporâneos nos têm dito acerca dos primeiros dois desta lista hoje.  Vamos ver o Que Deus Quer. 
 
Masculino e Feminino

Muitos seres humanos têm sido informados de que o Que Deus Quer é que a humanidade entenda que Deus é masculino. O resultado é que, a maioria das pessoas que acredita numa deidade, de algum modo pensa que isto é verdade. A ideia de que Deus é masculino é tão difundida que é chocante para os ouvidos ouvir Deus referido como “Ela”.
Muitos seres humanos têm também sido informados de que Deus quer que o homem e a mulher tenham funções particulares e sejam tratados de formas particulares na vida, e que Ele especificou tudo isto nas Sagradas Escrituras.

Um resultado deste ensinamento: os homens são considerados superiores às mulheres em quase todas as culturas do mundo. Em algumas dessas culturas isto manifesta-se como normas culturais que não permitem que as mulheres vão à escola, tenham empregos de autoridade ou de responsabilidade, saiam de casa sem ser na companhia de um parente consanguíneo masculino ou que qualquer parte do seu corpo seja visto em público, exigindo que elas estejam tapadas da cabeça aos pés.
O testemunho de uma mulher em Tribunal vale metade do de um homem – o que quer dizer que é preciso duas testemunhas mulheres para o teste da prova adequada. O testemunho de uma mulher no que respeita a violência do marido, crueldade ou infidelidade serão ignorados a não ser que ela produza uma testemunha corroborativa, ao passo que o homem pode enviar a sua mulher para a morte por apedrejamento afirmando, simplesmente, que ela cometeu adultério. A sua afirmação singular é suficiente. 

A partilha feminina de qualquer herança é também aceite como sendo metade da do irmão. A lógica por trás disto é que um homem é financeiramente responsável pela sua família enquanto a mulher não o é. É a lógica semelhante que, em outras culturas, impede as mulheres de receberem o mesmo pagamento que os homens fazendo o mesmo trabalho. O facto de um homem poder ficar solteiro toda a vida e acabar por não ter uma família, ou de muitas mulheres ficarem viúvas ou que as mulheres não deveriam que conceder esse papel a um homem, se fossem tratadas de forma igual é, obviamente, ignorada por esta lógica. 

Em algumas culturas masculinas-dominantes os órgãos genitais das mulheres são mutilados, cortados e costurados a fim de as privar do prazer sexual e, assim, lhes reduzir a tentação de se envolverem em encontros sexuais que não os exigidos pelos seus maridos. Em alguns casos, isto é visto como um rito de passagem para tornar as crianças femininas desejáveis, adequadas e material de casamento valioso.
Outras normas culturais reflectem preconceitos extremos contra mulheres incluindo, o costume de impedir que elas se tornem clérigos em muitas religiões ou subam ao poder e autoridade em qualquer negócio ou empreendimento civil ou legal ou que mantenham qualquer posição de liderança na política e no governo. 

Um punhado de mulheres em algumas culturas ultrapassou estes costumes (em muitas culturas nem sequer lhes é permitido tentar), mas é sempre uma luta, é sempre uma notável excepção, é sempre uma subida íngreme ser aceite nas ocupações de perfil superior ou funções de poder ou de influência no contexto da sociedade global. 

Katrina Brroks, de Roma, Georgia, EUA, sabem bem disso. De acordo com um relato escrito por Louise Chu para a Imprensa Associada em 25 de Setembro de 2004, Katrina é um membro da Igreja Baptista do Sul que sentiu uma chamada e quis tornar-se um ministro. Ela inscreveu-se no Seminário Teológico Baptista em Richmond, na Virgínia, depois encontrou uma igreja que a aceitaria a si e ao seu marido, o Dr. Tony Brooks, que já era ordenado, como co-pastores. A Igreja Baptista no Norte de Roma convidou o casal para liderar a sua congregação em Novembro de 2003. 

Nem todos ficaram satisfeitos.

Uma revisão da Religião e Mensagem Baptista, em 2000, assume uma posição dura sobre as mulheres-pastores, relata Louise Chu. A declaração da denominação doutrinária para chefe diz que “o ofício de pastor é limitado aos homens tal como qualificados pelas Escrituras”, citando a Bíblia, 1 Timóteo 2:11-14. Nessa passagem lê-se “Deixai uma mulher aprender em silêncio e em toda a submissão. Não permito que nenhuma mulher ensine ou tenha autoridade sobre os homens; ela é para se manter em silêncio”.

Duas semanas após Katrina e o seu marido chegarem à sua nova igreja, vários dos seus colegas clérigos (todos homens) marcaram reuniões do Concelho da Associação Baptista para discutirem o assunto. Eles queriam que a associação adoptasse a posição que iria, com efeito, obrigar a igreja de Roma a deixar a associação.

Esta diferença no tratamento dos géneros é, acreditam muitas pessoas no mundo, O Que Deus Quer. Afinal de contas, a Bíblia assim o diz. E assim o dizem as Escrituras de outras religiões. 

CASAMENTO

Muitos seres humanos foram informados de que O Que Deus Quer é que o casamento seja uma união eterna entre um homem e uma mulher, para o melhor e para o pior, com o propósito de propagar as espécies e de manter uma sociedade civil organizada com a união das famílias, o que apoia a agenda de Deus para a humanidade.

Um resultado deste ensinamento: na maioria das culturas religiosas um divórcio, por qualquer razão, incluindo crueldade física ou mental, é profundamente desincentivado e uma religião mais importante diz aos seus seguidores que nunca se podem divorciar, nunca se podem voltar a casar por igreja nem receber os sacramentos da igreja se se divorciarem, e não podem casar com outra pessoa que se tenha divorciado. 
 
Em muitos lugares e culturas as normas do casamento são estabelecidas pela religião, tornam-se depois leis civis, limitando e restringindo o comportamento dos cônjuges – e esses limites duram para toda a vida. O principal desses limites é o que os humanos chamam de “fidelidade”. Os seres humanos    num casamento devem permanecer fiéis um ao outro. Ou seja, eles não podem ter experiências sexuais com ninguém mais para o resto das suas vidas – não é uma questão de devoção pessoal ou de acordo sagrado, mas uma matéria de lei civil. 

Isto não deve ser surpresa visto que, tal como tem sido notado, as proibições contra todos os géneros de actividade sexual têm sido fixadas nas culturas comuns pelas religiões. De acordo com as suas contas sobre O Que Quer Deus, os humanos não podem ter sexo com ninguém fora do casamento, com ninguém antes do casamento e, portanto, nunca se deveriam casar, em nenhuma altura durante as suas vidas inteiras. 

Esta é a expectativa, e os humanos são informados que a quebra deste tabu pode levar a punições severas, de Deus e da sociedade.
Como resultado, o casamento é celebrado por muitos jovens pelo mundo que não estão prontos para um tal compromisso nem suficientemente maduros para as responsabilidades ligadas a ele, mas que não estão dispostos a aguentar mais tempo as proibições contra as experiências sexuais.

 A ideia da supremacia masculina, concebida a partir do conceito de Deus como masculino, tem um efeito principal em muitos cenários de casamento. Em algumas culturas, o casamento é considerado como uma forma de posse e de servidão, sendo a mulher o objecto possuído – na verdade pago com um dote – e o ser masculino a pessoa servida. Mesmo em culturas com pontos de vista menos extremos espera-se que uma mulher seja “obediente” ao seu marido, e subserviente a ele em todos os sentidos. O homem é “o chefe da família”. 

Isto é, acreditam muitas pessoas, O Que Deus Quer.


Um comentário:

  1. 8 DE MARÇO É DA MULHER

    As mulheres do Século XVIII eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais

    O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, está intimamente ligado aos movimentos feministas que buscavam mais dignidade para as mulheres e sociedades mais justas e igualitárias. É a partir da Revolução Industrial, em 1789, que estas reivindicações tomam maior vulto com a exigência de melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos. As operárias desta época eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais.

    Dentro deste contexto, 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, decidiram paralisar seus trabalhos, reivindicando o direito à jornada de 10 horas. Era 8 de março de 1857, data da primeira greve norte-americana conduzida somente por mulheres. A polícia reprimiu violentamente a manifestação fazendo com que as operárias refugiassem-se dentro da fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs.

    Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher em homenagem às operárias de Nova Iorque. A partir de então esta data começou a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem as mulheres.

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