Eckhart Tolle, pseudônimo de Ulrich Tolle (Alemanha, 1948) é professor de espiritualidade contemporâneo, considerado mestre e conselheiro espiritual, obteve maior destaque em seu primeiro livro O Poder do agora, reconhecido como grande escritor sobre espiritualidade.
Depois de se formar pela Universidade de Londres, tornou-se pesquisador e supervisor da Universidade de Cambridge. Quando tinha 29 anos, uma profunda transformação espiritual dissolveu sua antiga identidade e mudou o curso de sua vida de forma radical. Os anos seguintes foram dedicados ao entendimento, integração e aprofundamento desta transformação, que marcou o início de uma intensa jornada interior.
As influências das quais são aludidas ao livro "O Poder do Agora" são as escritas de Meister Eckhart, Advaita Vedanta, "Um Curso Em Milagres" e o Lin-chi de Budismo Zen (Rinzai), uma "alquimia interior" descrita em religiões do oriente médio. O livro também interpreta declarações de Jesus da Bíblia e o apelo ao estado de graça, pela misericordia divina, descrita pelo apóstolo Paulo em suas cartas. Seu último bestseller foi "A New Earth" conhecido tambem por "O Despertar de uma Nova Consciência".
Eckhart Tolle não está alinhado com qualquer religião particular ou tradição, apresenta uma profunda introspecção de Psicologia Transpessoal, pensador livre considerado mestre, no qual não faz a questão.
O ápice de sua carreira até o momento foi participar durante três meses no ano de 2008, explicando seus livros, no programa da apresentadora norte-americana Oprah Winfrey.
A voz dentro da cabeça
Eckhart Tolle vendeu 10 milhões de livros no mundo. sua mensagem? somos escravos da mente – e a paz de espírito nada mais é do que a consciência livre de pensamentos
Quase 1 milhão de pessoas em todo o mundo participaram daquela que é uma das maiores experiências de comunidade virtual já reunidas pela internet: um curso, com transmissão ao vivo e recursos de interatividade, ao longo de dez semanas (uma hora por semana). Por trás dessa mobilização estava a apresentadora americana de TV Oprah Winfrey. Diferentemente do que se poderia imaginar, essa gente toda não estava aprendendo sobre como se tornar uma celebridade, nem como transformar uma idéia de garagem em US$ 500 milhões, e muito menos sobre mil e uma maneiras de agradar aos acionistas em tempos de cólera. A atração apresentada por Oprah tem um corpo franzino, uma voz que é quase silêncio e olhos de grande quietude. Alemão, ex-supervisor de pesquisas na Universidade de Cambridge (Inglaterra), Eckhart Tolle, autor do best-seller O Poder do Agora, é atualmente, no Ocidente, um dos mais populares mestres espirituais vivos. No caso dele, ser um best-seller não o impede de ser também reverenciado por “buscadores” de longa estrada e mesmo por aqueles cuja caminhada é guiada pelos consagrados gurus do Oriente. Tolle é reconhecido pela originalidade de sua reflexão e pela eficácia com que seus ensinamentos revelam os mistérios da realização espiritual.
UMA NOVA CONSCIÊNCIA
Tolle conduz seus leitores a novos paradigmas sobre o que significa “mudança de consciência”. Sendo Tolle um ocidental falando para ocidentais, se um dia chegarmos a compreender o que se mitificou chamar “iluminação espiritual” (vista como exclusividade do Oriente) esse professor de Cambridge que se tornou mestre certamente será reconhecido por sua contribuição. Depois do indiano Osho, nenhum outro mestre havia falado de maneira tão adequada e em hora tão oportuna ao homem ocidental moderno. Tolle já vendeu quase 10 milhões de exemplares no mundo, sendo 310 mil no Brasil. O Poder do Agora, sua obra de estréia, foi traduzido para 33 idiomas, habitou o primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New York Times e vendeu 5 milhões de exemplares. Sem meias palavras, tem na capa o anúncio: “Um guia para a iluminação espiritual”. Quem se arrepiou diante da frase não sabe o que está perdendo. Eckhart Tolle é mais um entre outros autores que têm suas obras classificadas no balaio de gatos da auto-ajuda, mas quem sabe descobrir pérolas nessas prateleiras já deu a sorte de encontrá-lo. É o caso de Regina Festa, consultora da Cepal/Chile e especialista em estratégia de informação: “Ele é revelador, revolucionário. Desde que comecei a ler Tolle, minha visão sobre ensinamentos tornou-se mais clara, e os ensinamentos mais facilmente incorporaram-se ao dia-a-dia. Cresceu minha percepção de como se constroem as emoções e isso permite, em última instância, livrá-las das fantasias desnecessárias que drenam nossa energia”. O mais recente livro de Tolle lançado no Brasil consegue mais uma vez combinar densidade com simplicidade. Um Novo Mundo – O Despertar de uma Nova Consciência serviu de material orientador para as aulas-conferências com mediação de Oprah. O curso aconteceu no primeiro semestre deste ano, com direito a depoimentos de leitores – incluindo famosos, como o ator Jim Carrey – e perguntas enviadas por e-mail e webcam. Mas o que buscavam 1 milhão de pessoas acompanhando Tolle nesses encontros virtuais? No primeiro programa do curso, Oprah buscou a resposta e ouviu que as pessoas estavam esgotadas e intrigadas com as angústias e os sofrimentos causados por “alguém” que conhecemos e que Tolle denuncia em seus livros: a voz dentro da cabeça. Penso... logo especulo, gosto, desgosto, comparo, separo, julgo, me isolo. Penso compulsivamente, logo sofro!
“O filósofo Descartes acreditava ter alcançado a verdade mais fundamental quando proferiu sua conhecida máxima ‘Penso, logo existo’”, diz o autor. “No entanto, cometeu um erro básico: comparou o pensar ao ser.” No entender de Tolle, quase todas as pessoas são pensadoras compulsivas, “o que faz com que o mundo esteja povoado de conflitos”. O fato, segundo ele, é que nos identificamos com os pensamentos, uma interminável e autônoma produção mental que gera conceitos, rótulos, imagens, crenças, palavras, julgamentos, ideologias e definições. Navegamos na ilusão de que somos essa voz dentro da cabeça, quando na verdade ela forma uma espécie de tela que bloqueia o fluir dos nossos relacionamentos. Por isso, não seria exagero observar que os problemas de que queremos nos livrar são parte importante da identificação mental. Os outros precisam estar errados para você reforçar a si mesmo, e essa é a raiz da violência que se expressa nas relações humanas. “Essa tela de pensamentos situa-se entre você e o seu eu interior, entre você e o próximo, entre você e a natureza, entre você e Deus”, diz Tolle. “Pensar tornou-se uma doença.”
O sentido de separação sustenta-se na permanente comparação com os outros, estratégia que busca fortalecer a identidade pessoal. O autor aponta que “o pequeno ego diz que quer paz, mas busca encrenca”. Acumular coisas e fazer inimigos é a regra básica. Seu método é seduzir sempre com mais anseios e sensações de posse (meu cargo, minhas crenças... meu pensamento). Como os desejos são insaciáveis, nunca se chega ao que sempre se considera o objetivo maior da vida. Paz interior, alegria nos relacionamentos, harmonia com a natureza e satisfação material parecem meras utopias. Buda chamou esse anseio sem fim de “a raiz do sofrimento humano”.
Segundo Tolle, é por nós mesmos que estamos procurando, com mais experiências, mais comida, mais dinheiro, mais sexo, mais conhecimento, mais poder. “É bela a procura de si, mas logo se percebe que não é em todas essas coisas que você encontrará a si mesmo”. Logo se percebe que “isso não é o que eu sou”. Por quê? Porque a necessidade persiste, o sofrimento não cessa. “Mas quando acontece essa percepção, o eu fictício começa a perder poder sobre você.” Para Tolle, a quietude, a chamada paz de espírito, é um estado de consciência livre de pensamentos. Não é que você deixe de pensar ou de estar alerta, desperto, totalmente presente, funcional e produtivo. A questão é não estar compulsivamente agregando às circunstâncias da vida e às relações humanas infinitas histórias (pensamentos) de rejeição, ressentimentos, vingança, inveja, vitimização.
UMA NOVA CONSCIÊNCIA
Tolle conduz seus leitores a novos paradigmas sobre o que significa “mudança de consciência”. Sendo Tolle um ocidental falando para ocidentais, se um dia chegarmos a compreender o que se mitificou chamar “iluminação espiritual” (vista como exclusividade do Oriente) esse professor de Cambridge que se tornou mestre certamente será reconhecido por sua contribuição. Depois do indiano Osho, nenhum outro mestre havia falado de maneira tão adequada e em hora tão oportuna ao homem ocidental moderno. Tolle já vendeu quase 10 milhões de exemplares no mundo, sendo 310 mil no Brasil. O Poder do Agora, sua obra de estréia, foi traduzido para 33 idiomas, habitou o primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New York Times e vendeu 5 milhões de exemplares. Sem meias palavras, tem na capa o anúncio: “Um guia para a iluminação espiritual”. Quem se arrepiou diante da frase não sabe o que está perdendo. Eckhart Tolle é mais um entre outros autores que têm suas obras classificadas no balaio de gatos da auto-ajuda, mas quem sabe descobrir pérolas nessas prateleiras já deu a sorte de encontrá-lo. É o caso de Regina Festa, consultora da Cepal/Chile e especialista em estratégia de informação: “Ele é revelador, revolucionário. Desde que comecei a ler Tolle, minha visão sobre ensinamentos tornou-se mais clara, e os ensinamentos mais facilmente incorporaram-se ao dia-a-dia. Cresceu minha percepção de como se constroem as emoções e isso permite, em última instância, livrá-las das fantasias desnecessárias que drenam nossa energia”. O mais recente livro de Tolle lançado no Brasil consegue mais uma vez combinar densidade com simplicidade. Um Novo Mundo – O Despertar de uma Nova Consciência serviu de material orientador para as aulas-conferências com mediação de Oprah. O curso aconteceu no primeiro semestre deste ano, com direito a depoimentos de leitores – incluindo famosos, como o ator Jim Carrey – e perguntas enviadas por e-mail e webcam. Mas o que buscavam 1 milhão de pessoas acompanhando Tolle nesses encontros virtuais? No primeiro programa do curso, Oprah buscou a resposta e ouviu que as pessoas estavam esgotadas e intrigadas com as angústias e os sofrimentos causados por “alguém” que conhecemos e que Tolle denuncia em seus livros: a voz dentro da cabeça. Penso... logo especulo, gosto, desgosto, comparo, separo, julgo, me isolo. Penso compulsivamente, logo sofro!
“O filósofo Descartes acreditava ter alcançado a verdade mais fundamental quando proferiu sua conhecida máxima ‘Penso, logo existo’”, diz o autor. “No entanto, cometeu um erro básico: comparou o pensar ao ser.” No entender de Tolle, quase todas as pessoas são pensadoras compulsivas, “o que faz com que o mundo esteja povoado de conflitos”. O fato, segundo ele, é que nos identificamos com os pensamentos, uma interminável e autônoma produção mental que gera conceitos, rótulos, imagens, crenças, palavras, julgamentos, ideologias e definições. Navegamos na ilusão de que somos essa voz dentro da cabeça, quando na verdade ela forma uma espécie de tela que bloqueia o fluir dos nossos relacionamentos. Por isso, não seria exagero observar que os problemas de que queremos nos livrar são parte importante da identificação mental. Os outros precisam estar errados para você reforçar a si mesmo, e essa é a raiz da violência que se expressa nas relações humanas. “Essa tela de pensamentos situa-se entre você e o seu eu interior, entre você e o próximo, entre você e a natureza, entre você e Deus”, diz Tolle. “Pensar tornou-se uma doença.”
O sentido de separação sustenta-se na permanente comparação com os outros, estratégia que busca fortalecer a identidade pessoal. O autor aponta que “o pequeno ego diz que quer paz, mas busca encrenca”. Acumular coisas e fazer inimigos é a regra básica. Seu método é seduzir sempre com mais anseios e sensações de posse (meu cargo, minhas crenças... meu pensamento). Como os desejos são insaciáveis, nunca se chega ao que sempre se considera o objetivo maior da vida. Paz interior, alegria nos relacionamentos, harmonia com a natureza e satisfação material parecem meras utopias. Buda chamou esse anseio sem fim de “a raiz do sofrimento humano”.
Segundo Tolle, é por nós mesmos que estamos procurando, com mais experiências, mais comida, mais dinheiro, mais sexo, mais conhecimento, mais poder. “É bela a procura de si, mas logo se percebe que não é em todas essas coisas que você encontrará a si mesmo”. Logo se percebe que “isso não é o que eu sou”. Por quê? Porque a necessidade persiste, o sofrimento não cessa. “Mas quando acontece essa percepção, o eu fictício começa a perder poder sobre você.” Para Tolle, a quietude, a chamada paz de espírito, é um estado de consciência livre de pensamentos. Não é que você deixe de pensar ou de estar alerta, desperto, totalmente presente, funcional e produtivo. A questão é não estar compulsivamente agregando às circunstâncias da vida e às relações humanas infinitas histórias (pensamentos) de rejeição, ressentimentos, vingança, inveja, vitimização.
Fonte: Wikipédia, http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDG85286-8378-22,00-A+VOZ+DENTRO+DA+CABECA.html
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