sábado, 4 de fevereiro de 2012

Filme - Quem Somos Nós?

Quem Somos Nós?

Prof. Luiz Machado - 18/09/2006
Com a divulgação do filme “Quem Somos Nós?“ (Em inglês “What the Bleep do We Know?", cuja melhor tradução seria “Que droga de coisa é essa que nós somos?” Vê-se, então, que se usassem “O que somos nós?” e não “Quem somos nós”, a tradução ficaria mais próxima do título em inglês), muita gente teve sua atenção despertada para a física quântica. Pois então vamos falar sobre ela.

Física (do grego physis, “natureza”) é a ciência da matéria e energia e das interações entre as duas.

Para o propósito deste despretensioso artigo de divulgação, destacam-se a física clássica, como esta ciência era estudada até o final do século XIX e a física quântica,  que utiliza conceitos surgidos no início do século XX, com a mecânica quântica.

O adjetivo quântico vem da palavra latina quantum, que indica uma quantidade, algo que pode ser medido ou contado. Também pode ser explicada como: a mais baixa denominação de energia ou de outras quantidades físicas que podem ser intercambiadas. Em português jurídico, indica “quantia ou quantidade determinada”. Na física, ela é um termo geral para unidade indivisível de qualquer forma de energia. Assim, a física quântica ou ondulatória é um conjunto de teorias que incluem os fenômenos da estrutura íntima da matéria: partículas com probabilidades e possibilidades.

A mecânica quântica é uma teoria não relativista que descreve a mecânica de sistemas atômicos e subatômicos (que dizem respeito a ou são próprias de sistemas cujas dimensões características são inferiores à dimensão característica dos átomos. “Subatômico” indica o que é relativo a cada um dos constituintes dos átomos, ou seja, os prótons, nêutrons e elétrons). A dimensão dessas partículas torna relevante o princípio da incerteza, de Heisenberg, assim como a dualidade onda-partícula.

O princípio de Heisenberg ou da incerteza (Werner Karl Heisenberg (físico alemão, 1901–1976) diz que ao se aumentar a acurácia de medida de uma quantidade observável aumenta a incerteza com a qual outras quantidades possam ser conhecidas.

Como se vê, a física quântica trata dos fenômenos da natureza íntima da matéria, até onde nossa percepção de hoje consegue alcançar.
Os conceitos de mente, espírito, alma, à luz da física quântica (ou ondulatória) vai ao âmago da matéria, no campo das partículas subatômicas deduzidas hipoteticamente ou encaradas como um constituinte irredutível da matéria. Essa é a nova física que permite entender os fenômenos da espiritualidade.

É no campo dessas partículas que atua a mente humana por meio de quadros mentais emotizados. “Emotizar” é um verbo que nós nos vimos obrigados a criar para expressar a necessidade de reproduzir os fenômenos das emoções, tratadas estas como energia e não como sentimento, abalo afetivo ou moral.

No organismo, no campo físico ou mental, quando algum desequilíbrio se revela sob a forma de doença, a origem está nas moléculas, nos átomos e nas partículas que os constituem.

Emoção-energia é a base da Emotologia.

A emoção, que mexe com os campos vibracionais, que geram as ondas, é responsável por toda complexidade do sistema ser humano.

A ligação da física quântica com a Emotologia está no fato de que as imagens emotizadas vão atuar no campo vibracional das partículas elementares (fótons, bósons léptons, mésons, bárions) e partículas subatômicas (prótons, nêutrons, elétrons).

As estruturas do sistema límbico (regiões do encéfalo mais responsáveis pelo controle das emoções), em íntima cooperação com o sistema glandular, relacionam-se com a estrutura íntima da matéria que cria inúmeras possibilidades, daí os resultados em termos de mudança de comportamento, curas que se podem conseguir com informações que penetram no sistema límbico.

A velha ciência, com seu paradigma, ensinava que todos os fenômenos eram de coisas formadas por matéria (monismo materialista defendido pelo biólogo alemão Ernest Haeckel, 1834–1919). O novo paradigma admite a explicação dos fenômenos pela estrutura mais íntima da matéria e possibilidades criadas pela interação das partículas.

Artigo extraído dos livros do Professor Luiz Machado, Ph.D.
*Professor Luiz Machado, Ph.D.

-  Mentor da Emotologia.
-  Cientista Fundador da Cidade do Cérebro®
- Comandou por 26 anos o "Programa Especial de Desenvolvimento da Inteligência e Criatividade (PEDIC)”, que englobava os Laboratórios de Idiomas, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).


Abaixo colocarei alguns trechos diretamente retirados da legenda do filme, pra vocês terem uma idéia do potencial revolucionário que ele traz para a nossa forma de encarar o mundo:
Quanto mais se estuda a física quântica, mais misteriosa e fantástica ela se torna. A física quântica, falando de uma maneira bem simples, é uma física de possibilidades. São questões pertinentes de como o mundo se sente com relação a nós. Se existe uma diferença entre o modo do mundo nos sentir e como ele realmente é. Já parou para pensar do que os pensamentos são feitos?
Todas as épocas e gerações têm suas próprias suposições: O mundo é plano, o mundo é redondo, etc. Existem centenas de suposições que acreditamos ser verdadeiras, mas que podem ou não ser verdadeiras. Claro que historicamente, na maioria dos casos não eram verdadeiras. Se tomarmos a história como guia, podemos presumir que muitas coisas em que acreditamos sobre o mundo podem ser falsas. Estamos presos à certos preceitos sem saber disso.

É um paradoxo

O materialismo moderno tira das pessoas a necessidade de se sentirem responsáveis, assim como a religião! Mas eu acho que se você levar a mecânica quântica a sério, verá que ela coloca a responsabilidade nas nossas mãos e não dá respostas claras e reconfortantes. Ela só diz que o mundo é muito grande e cheio de mistérios.
O mecanismo não é a resposta, mas não vou dizer qual é, pois vocês têm idade suficiente para tomarem suas decisões.
Por que continuamos recriando a mesma realidade?
Por que continuamos tendo os mesmos relacionamentos?
Por que continuamos tendo os mesmos empregos repetidamente?
Nesse mar infinito de possibilidades que existem à nossa volta, por que continuamos recriando as mesmas realidades?
Não é incrível existirem opções e potenciais que desconhecemos?
É possível estarmos tão condicionados à nossa rotina, tão condicionados à forma como criam nossas vidas, que compramos a idéia de que não temos controle algum?
Fomos condicionados a crer que o mundo externo é mais real que o interno. Na ciência moderna é justamente o contrário. Ela diz que o que acontece dentro de nós é que vai criar o que acontece fora. Existe uma realidade física que é absolutamente sólida, mas só começa a existir quando colide com outro pedaço de realidade física. Esse outro pedaço pode ser a gente, claro que somos parte desse momento, mas não precisa necessariamente ser. Pode ser uma pedra que venha voando e interaja com toda essa bagunça, provocando um estado particular de existência.
Filósofos no passado diziam: "Se eu chutar uma pedra e machucar meu dedo, é real. Estou sentindo, é vívido." Quer dizer que é a realidade. Mas não passa de uma experiência, e é a percepção dessa pessoa do que é real.
Experimentos científicos nos mostram que se conectarmos o cérebro de um pessoa a computadores e scanners e pedirmos para olharem para determinados objetos, podemos ver que certas partes do cérebro sendo ativadas. Se pedirmos para fecharem os olhos e imaginarem o mesmo objeto, as mesmas áreas do cérebro se ativarão, como se estivessem vendo os objetos. Então os cientistas se perguntam: quem vê os objetos, o cérebro ou os olhos? O que é a realidade? É o que vemos com nosso cérebro? Ou é o que vemos com nossos olhos?
A verdade é que o cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente e o que se lembra, pois os mesmos neurônios são ativados.

Então devemos nos questionar, o que é realidade?

Somos bombardeados por grandes quantidades de informação que, quando entram no seu corpo, são processadas pelos seus órgãos sensoriais, e a cada passo partes da informação vão sendo descartadas. O que finalmente chega na consciência é o que serve mais à pessoa. O cérebro processa 400 bilhões de bits de informação por segundo, mas só tomamos conhecimento de 2.000 bits. E esses 2.000 bits são sobre o que está ao nosso redor, nosso corpo e o tempo.
Vivemos em um mundo onde só enxergamos a ponta do iceberg. Isso significa que a realidade está acontecendo a todo momento no cérebro, mas nós não a absorvemos. Os olhos são como lentes, mas o que realmente está enxergando é a parte de trás do cérebro. É o córtex visual, igual a essa câmera.

Você sabia que o cérebro imprime o que ele vê?

Por exemplo: essa câmera de vídeo está vendo muito mais ao meu redor do que o que está aqui, porque ela não faz objeções ou julgamentos. O filme que está passando no cérebro é do que temos habilidade para ver. É possível que nosso olhos, nossa câmera, enxergue mais do que o nosso cérebro tenha a habilidade de conscientemente projetar? Do jeito que nosso cérebro funciona, só conseguimos ver o que acreditamos ser possível.

Os padrões de associação já existem dentro de nós através de um condicionamento

Uma história incrível, que acredito ser verdadeira, conta que quando os índios americanos nas ilhas caribenhas viram as naus de Colombo se aproximarem, na verdade eles não conseguiam ver nada, pois não eram parecidas com nada que tivessem visto antes. Quando Colombo chegou no Caribe, nenhum nativo conseguia enxergar os navios, mesmo estando eles no horizonte. A razão de não verem os navios era porque não tinham conhecimento. Seus cérebros não tinham experiência de que os navios existiam.
O shamã começa a notar ondulações no Oceano. Mesmo não vendo os navios, imagina o que está causando aquilo. Então ele começa a olhar todos os dias e depois de um certo tempo, ele consegue ver os navios. E quando ele enxerga os navios, conta para todos que existem navios lá. Como todos confiavam e acreditavam nele, também conseguem enxergar.
Nós criamos a realidade, mas criamos máquinas que produzem realidade que afetam a realidade o tempo todo. Sempre perseguimos algo refletido no espelho da memória. Se estamos ou não vivendo em um grande mundo virtual, é uma pergunta sem uma boa resposta, é um grande problema filosófico. E temos que lidar com ele conforme o que a ciência diz do nosso mundo.
Como somos sempre observadores na ciência, ficamos limitados ao que o cérebro humano capta. É a única forma de vermos e percebermos as coisas que fazemos. Então é possível que isso tudo seja uma grande ilusão da qual não conseguimos sair para ver a verdadeira realidade.
Seu cérebro não sabe distinguir o que está acontecendo lá fora do que acontece aqui dentro. Não existe o "lá fora" independente do que está acontecendo aqui.



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